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O Norte e as Indústrias Criativas

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Numa época em que, a nível mundial, as palavras economia e crise tantas vezes aparecem associadas, o apelo à inovação, à criatividade e ao empreendedorismo torna-se cada vez mais insistente e há sectores da economia que impetuosamente conquistam espaço, pois parecem vencer o difícil desafio de combater a já exasperante crise.

Neste âmbito, surgem em clara expansão as Indústrias Criativas, como forma de ultrapassar e substituir o modelo económico vigente que parece esgotado.

Mas o que são, afinal, as Indústrias Criativas?

O conceito não é pacífico, existindo entre os teóricos que se dedicam ao seu estudo algumas divergências porém, podemos defini-las como aquelas que têm a sua origem na criatividade, competências e talento individual, com potencial para a criação de trabalho e riqueza através da geração e exploração da propriedade intelectual. Entre elas englobam-se: a Publicidade, a Arquitectura, as Artes e Antiquários, o Artesanato, o Design, o Design de Moda, o Cinema e o Vídeo, o Software Interactivo de Entretenimento, a Música, as Artes Performativas, a Edição, o Software e os Serviços de Informática, a Televisão e a Rádio. Existem também relações económicas com outros domínios, tais como o Turismo, os Museus e as Galerias, o Património e o Desporto.

Ora, o Norte do nosso país não escapa ao difícil contexto económico, enfrentando sérios constrangimentos que ameaçam a sua competitividade e a sua capacidade de recuperar dinâmicas de produção de riqueza, sendo cada vez mais premente uma resposta nova para os velhos problemas estruturais.

Segundo um estudo sobre o "Desenvolvimento de um cluster de Indústrias Criativas na Região Norte", promovido pela Fundação de Serralves, a Região tem em si os recursos, os agentes e a energia de que necessita para ultrapassar esta situação complicada com sucesso.

O estudo refere também que a criação de um cluster de Indústrias Criativas na Região Norte é uma "oportunidade que não se pode desperdiçar", dado que o melhor activo das indústrias criativas, o talento intelectual das pessoas e as infra-estruturas existentes, permitem potenciar sinergias entre os meios académico e empresarial, reabilitar zonas urbanas degradadas e ainda gerar emprego e riqueza.

O referido estudo pretendeu também avaliar o impacto das diversas Indústrias Criativas, a sua evolução, o seu potencial e o papel que desempenham na sociedade, na cultura e na economia da Região Norte do país pois, como defende Charles Landry, considerado o maior especialista internacional nos estudos da cultura e da criatividade como veículos para a revitalização das cidades, "é fundamental que as cidades descubram quais são os nichos de mercado com que se podem apresentar ao mundo como pólos de inovação e exclusividade".

"Descubram aquilo em que são únicos e apresentem-se ao mundo como um modelo", acrescenta.

Sendo a Área Metropolitana do Porto apontada como o grande centro do cluster, outras cidades nortenhas terão, na óptica deste estudo, um papel importante a desempenhar como pólos dinamizadores, como é o caso de Braga.

Por seu lado, a cidade de Guimarães, que em 2012 será Capital Europeia da Cultura, pode mesmo servir de montra "deste processo de reforço da vitalidade criativa da Região, assumindo-se como representante do potencial das suas indústrias criativas".

Para concretizar este ambicioso projecto, inúmeras entidades locais mobilizam-se para gerar um novo paradigma de desenvolvimento e para a criação de um maior dinamismo económico na Região.

Foi com esta finalidade que surgiu a ADDICT - Agência para o Desenvolvimento das Indústrias Criativas, procurando facilitar o desenvolvimento e afirmação do empreendedorismo criativo, gerando riqueza, emprego qualificado e impulsionando a regeneração das cidades e lugares criativos. A sua aposta consiste na prossecução de um grande objectivo estratégico: o reforço da massa crítica do capital criativo da Região.

Desta associação fazem parte alguns dos mais notáveis agentes da Região, nomeadamente: a Fundação de Serralves, a Porto Vivo, SRU - Sociedade de Reabilitação Urbana da Baixa Portuense, a Fundação Casa da Música, a RTP - Rádio e Televisão de Portugal, SA, a Associação de Amigos do Coliseu do Porto, a Associação Comercial do Porto - Câmara de Comércio e Indústria do Porto, a Associação Empresarial de Portugal, a Porto Editora, o Teatro Nacional São João, E.P.E., a Unicer Bebidas, SA, a Universidade de Aveiro, a Universidade do Porto e a Feira Viva - Cultura e Desporto, EM.

Tal como o especialista britânico Tom Fleming, co-responsável pelo estudo, acreditamos que o Porto (e toda a Região Norte) tem enorme potencial, neste sector, a nível internacional. Acreditamos na força empreendedora do Norte, no seu dinamismo e capacidade de inovar. Acreditamos num futuro fecundo do qual queremos fazer parte.


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Guimarães, Capital Europeia da Cultura



                   

Em 2006, o Ministério da Cultura português propôs a cidade de Guimarães para Capital Europeia da Cultura em 2012. No passado dia 12 de Maio, a candidatura foi aprovada pelos Ministros da Cultura da União, em Bruxelas.

A decisão encerra assim um processo de selecção iniciado há mais de dois anos. A candidatura de Guimarães foi lançada no final de 2006 pela então ministra da Cultura, Isabel Pires de Lima. Portugal e a Eslovénia tinham direito a apontar as duas cidades para 2012, tendo a escolha portuguesa recaído, em Outubro de 2006, em Guimarães, classificada pela UNESCO como Património da Humanidade.

Maribor, a escolha eslovena, é a segunda principal localidade do país, a seguir à capital, Liubliana.

Esta iniciativa foi lançada em Atenas em 1985, como uma acção intergovernamental. No entanto, desde 2005, a nomeação das cidades passou a estar englobada no âmbito comunitário.

A manifestação "Capital Europeia da Cultura" era designada até 1999 por "Cidade Europeia da Cultura".

A designação de "Capital Europeia da Cultura" contribui para valorizar a riqueza, a diversidade e as características comuns das culturas europeias e permite um melhor conhecimento mútuo entre os cidadãos da União Europeia.

Lisboa, em 1994, e o Porto, em 2001, neste caso em conjunto com a cidade holandesa de Roterdão, também já ostentaram o título de Capital Europeia da Cultura.

O grandioso espectáculo multimédia de apresentação da Guimarães, CEC, conquistou, desde já, todos aqueles que a ele assistiram e encheu de orgulho e esperança os vimaranenses, como constatamos na reportagem da RTP.


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Guimarães, cidade berço

Guimarães é uma cidade portuguesa situada no distrito de Braga, região Norte e sub-região do Ave.

É uma cidade histórica, com um papel crucial na formação de Portugal, e que conta já com mais de um milénio desde a sua formação, altura em que era designada como Vimaranes.

Guimarães é uma das mais importantes cidades históricas do país, sendo o seu centro histórico considerado Património Cultural da Humanidade. Esta cidade é, definitivamente, um dos maiores centros turísticos da região. As suas ruas e monumentos respiram história e encantam quem a visita.

A Guimarães actual soube conciliar, da melhor forma, a história, e consequente manutenção do património, com o dinamismo e empreendedorismo que caracterizam as cidades modernas.

Guimarães é muitas vezes designada como "Cidade Berço", devido ao facto de aí ter sido estabelecido o centro administrativo do Condado Portucalense por D. Henrique e por seu filho, D. Afonso Henriques, poder ter nascido nesta cidade, mas também pela importância histórica que a Batalha de São Mamede, travada na periferia da cidade, teve para a formação da nacionalidade.

Por tudo isto, recomendamos, desde já, um passeio pela cidade, onde pontuam inúmeros locais de interesse histórico, arquitectónico e cultural, que não pode deixar de visitar.

E, enquanto aguarda os 500 eventos previstos aquando da Guimarães, CEC pode sempre desfrutar da rica agenda cultural que a dinâmica cidade tem para oferecer. Para obter informação mais detalhada consulte a página de turismo posta à sua disposição em: http://www.guimaraesturismo.com/PageGen.aspx