Museu do Papel
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Portugal é um país rico em espaços culturais que se dedicam primordialmente à valorização do nosso património. Entre eles, encontra-se o Museu do Papel Terras de Santa Maria, inaugurado a 26 de Outubro de 2001. Este é o primeiro espaço museológico dedicado à história do papel em Portugal.
A sua criação deve-se à importância que, desde 1708, a indústria do papel teve no concelho de Santa Maria da Feira e em vários concelhos vizinhos, que integram uma vasta região da antiga Terra de Santa Maria. Simultaneamente, esta nova proposta museográfica dedicada à história do papel veio preencher uma lacuna na Museologia Industrial Portuguesa.
O museu assume a missão de preservar memórias da história do papel, potenciando os valores históricos, culturais, sociais e económicos desta região papeleira com três séculos de actividade, num compromisso permanente entre o passado e o presente.
A história do museu é um exemplo da força empreendedora que caracteriza os habitantes desta região.
O Museu do Papel integra no seu espaço, duas antigas fábricas de papel, do início do século XIX: a Antiga Fábrica de Papel de Custódio Pais e a Antiga Fábrica de Papel dos Azevedos.
Conhecida na região como Fábrica de Custódio Pais, a sua história iniciou-se em 26 de Outubro de 1822, data da escritura de sociedade que deu origem a um pequeno engenho de papel.
Esta foi apenas uma de muitas sociedades papeleiras fundadas nas Terras de Santa Maria, nos séculos XVIII e XIX, mas com uma peculiaridade: foi a única que teve uma mulher como sócia fundadora. Chamava-se Lourença Pinto e era natural de Paços de Brandão.
Num contexto rural de início do século passado, Lourença Pinto, apesar de analfabeta, não temeu entrar no mundo da indústria, até aí liderado unicamente por homens.
Em 1822, estabeleceu sociedade com Joaquim de Carvalho, mestre papeleiro, transformando os moinhos de cereal que possuía no lugar de Rio Maior, em Paços de Brandão, num engenho de papel de características proto-industriais. Com uma produção condicionada ao volume das águas do rio que alimentava a roda hidráulica e com uma mão-de-obra escassa e familiar, surgiu assim o Engenho da Lourença.
Entrado o século XX, a ausência de inovação técnica, que caracterizou toda a indústria papeleira da região, explica a decadência desta unidade papeleira, acabando por ser vendida, em 1916, a José Ferreira Pais, pelo preço total de três contos e duzentos escudos.
Com as obras entretanto realizadas pelo novo proprietário, as velhas construções de pedra e saibro, deram lugar a um novo espaço fabril, com novas áreas de secagem e nova área de produção, albergando esta uma pequena máquina contínua de forma redonda, em madeira.
Deste modo, o fabrico de papel folha a folha deu lugar ao fabrico em contínuo. Produzindo papel de embalagem, manteve-se em actividade até finais da década de oitenta, tendo sido comprada em 21 de Outubro de 1992, pela Câmara Municipal de Santa Maria da Feira, com o objectivo de aqui funcionar o Museu do Papel de que agora podemos desfrutar.
Procurando conquistar novos públicos e sem nunca esquecer a vertente pedagógica que lhe é intrínseca, o museu desenvolve inúmeras actividades destinadas às crianças. Pela mão de uma mascote chamada Forminhas, veiculam-se, de forma mais precisa, conhecimentos sobre a reciclagem do papel, proporcionando diferentes aprendizagens num ambiente que lhe é dedicado em exclusivo.
De acordo com o nível etário do grupo, são desenvolvidos, numa atitude pedagógica de “saber fazer”, diferentes conteúdos a partir de um conjunto de suportes e equipamentos diversos.
Numa interessante visita ao museu, alunos do CTSM aprenderam a produzir papel de forma tradicional e também recordaram como é importante reciclar, para ajudar a preservar o ambiente, como poderão observar numa reportagem da RTP.
As 21 Maravilhas de Portugal
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Portugal é um país com um vastíssimo património arquitectónico e cultural pelo que, na senda do projecto das Sete Novas Maravilhas, promovido por Bernard Weber, que visou seleccionar As Novas 7 Maravilhas do Mundo, foi organizada a eleição das 7 Maravilhas de Portugal.
Lançada em 2000, a eleição das Novas Sete Maravilhas o Mundo terminou dia 7 de Julho de 2007, em Lisboa, a cidade das 7 colinas.
Na cerimónia de Declaração Universal das Novas 7 Maravilhas do Mundo foram anunciadas, simultaneamente, as 7 Maravilhas Portuguesas.
A escolha das 7 Maravilhas de Portugal foi uma iniciativa apoiada pelo Ministério da Cultura de Portugal e organizada pelo consórcio composto por Y&R Brands S.A. e Realizar S.A.
A escolha foi baseada em 793 monumentos nacionais classificados pelo IPPAR, à qual foi feita uma primeira selecção, realizada por peritos e da qual resultou uma lista de setenta e sete monumentos. Seguidamente foi feita uma nova escolha, realizada por um Conselho de Notáveis composto por personalidades de diversos quadrantes de onde saíram os vinte e um monumentos finalistas.
Eis as 21 maravilhas finalistas:
Castelo de Almourol
Castelo de Guimarães
Castelo de Marvão
Castelo de Óbidos
Convento de Cristo
Convento e Basílica de Mafra
Fortaleza de Sagres
Fortificações de Monsaraz
Igreja de São Francisco
Igreja e Torre dos Clérigos
Mosteiro da Batalha
Mosteiro de Alcobaça
Mosteiro dos Jerónimos ou de Santa Maria de Belém
Paço Ducal de Vila Viçosa
Paços da Universidade
Palácio de Mateus
Palácio Nacional da Pena
Palácio Nacional de Queluz
Ruínas de Conímbriga
Templo Romano de Évora
Torre de S. Vicente de Belém
Os 7 monumentos vencedores foram distinguidos entre os 21 candidatos pelos votos do público através da Internet, por SMS ou telefone.
Apresentamos em seguida os eleitos:
Castelo de Guimarães
Castelo de Óbidos
Mosteiros de Alcobaça
Mosteiro da Batalha
Mosteiro dos Jerónimos ou de Santa Maria de Belém
Palácio Nacional da Pena
Torre de S. Vicente de Belém
Em declarações à Lusa, Freitas do Amaral, Comissário Nacional e presidente da Comissão de Honra para a eleição das Novas 7 Maravilhas do Mundo, considerou tratar-se de um projecto «fascinante» que simboliza o que «de melhor» há no património cultural da humanidade.
Freitas do Amaral sublinhou ainda que a eleição das Novas 7 Maravilhas do Mundo representa um «grande passo em frente no aprofundamento da democracia participativa».
Na nossa opinião, esta iniciativa é o justo reconhecimento do valor incalculável que os monumentos têm enquanto elementos representativos do nosso passado, ajudando-nos a construir a nossa identidade no presente e a projectar o futuro.
Deixamos o convite para que viajem pelo nosso país, explorando a beleza e a cultura que emana de cada um destes locais.