A tradição ainda vale…

No passado, a festividade do Magusto realizava-se para as pessoas do campo festejarem as colheitas que haviam terminado e para agradecer e provar os frutos do seu trabalho. Servia, também, para provarem o vinho novo, fruto das últimas vindimas, tradicionalmente conhecido por Jeropiga.

Atualmente, no meio urbano, estas razões são frequentemente esquecidas, mas em regiões com tradições mais agrícolas, o tradicional Magusto continua a reunir toda a população em redor de uma grande fogueira, onde o que realmente importa é o convívio.

Salvaguardando as diferentes formas de expressão popular e tradicional, realizámos uma recolha de lengalengas, adivinhas, provérbios, quadras, lendas e músicas alusivas ao São Martinho, que tanto nos encantou.

Acreditando nesta apropriação da tradição pelas gerações mais novas, estas recolhas tiveram sentido, pois só participando ativamente na sua manutenção e difusão, é que estas se tornarão intemporais.

Portugal e o seu património, um país que vale por mil…

Um país com tantos séculos de história como o nosso possui um património cultural riquíssimo.

Um pouco por todo o lado, monumentos, como castelos, igrejas e palácios e uma vasta rede de museus, são testemunho do nosso passado histórico. O folclore, o fado, a tourada, ou o artesanato, fazem também parte do nosso património cultural e, quem nos visita gosta de saborear os nossos pratos típicos, a doçaria, os queijos e os vinhos regionais.

Para além disso, Portugal possui também condições naturais e climáticas favoráveis ao turismo, seja balnear, rural, termal, religioso ou de montanha. Por isso, todos os anos, recebemos um número crescente de visitantes que procuram a beleza natural e cultural do País, a sua riqueza gastronómica e claro está, a simpatia das nossas gentes, que é também reconhecida além fronteiras.

Portugal é assim um país privilegiado pela natureza e pelo valor de tantos portugueses ilustres, que ajudaram a criar a nossa identidade cultural única. Cabe-nos pois a nós, portugueses, o dever de valorizar o nosso património, renovando as nossas tradições e defendendo o que temos em comum. Só assim conseguiremos dar a conhecer a diversidade cultural do nosso país e rentabilizar as suas potencialidades para o turismo, gerando riqueza e desenvolvimento para as regiões. Por outro lado, só assim as gerações futuras poderão vir a conhecer e a desfrutar da nossa herança cultural e sentir o mesmo orgulho que nos leva a acreditar no slogan: Portugal, um país que vale por mil…

Teatro Nacional São João – A conquista de um novo olhar…

O Teatro Nacional São João é um dos emblemáticos edifícios da cidade do Porto e local de realização dos principais espetáculos culturais. Este começou a ser construído em 1794 e foi inaugurado em 1798, data do aniversário do príncipe D. João. Na época recebeu o nome de “Real Teatro São João”.

Ao longo da sua existência, o Teatro passou por alguns incidentes, sofrendo diversas modificações. Após estas e no ano de 1992, passou a ser responsabilidade do estado português e tornou-se verdadeiramente o “Teatro Nacional São João”. Este possui uma valorizada arquitetura, onde se pode realçar uma imponente frontaria guarnecida por quatro colunas, entre as quais se abrem grandes janelas, sobretudo no acesso à sala. Nesta predominam os tons doirado e vermelho e uma belíssima pintura alegórica no teto.

As primeiras peças realizadas neste elogiado Teatro eram primordialmente musicais e criações trazidas de outros teatros. A partir de 1994, passaram a ser criadas produções próprias e surgiu o interesse em conceber projetos com uma identidade artística que fosse originária do Teatro e o diferenciasse no cenário cultural da época.

Nos anos que se passaram até ao momento atual, o Teatro Nacional São João caracteriza-se por ter um excelente ambiente, no qual a colaboração entre os diversos elementos artísticos que compõem os espetáculos teatrais é fortíssima.

Neste majestoso Teatro todos os elementos atuam em conjunto para envolver atores, criativos, técnicos e os próprios espetadores, com a preocupação constante de fazer com que “a história do teatro recomece todas as noites”.