Repórter da História: O Terramoto de 1755

Repórter da História: O Terramoto de 1755

Corria o ano de 1755 e era 1 de novembro, dia de Todos os Santos.

O dia amanhecera sereno e nada fazia prever a grande tragédia prestes a acontecer.

Grande parte da população de Lisboa acordara cedo. Muitos dirigiam-se às igrejas ou cemitérios, para ouvir missa ou simplesmente colocar uma vela nos túmulos dos seus entes queridos, já desaparecidos, como é tradição ainda nos nossos dias, nesta data.

De repente, a terra tremeu, causando susto e pânico. Estava a acontecer um violento terramoto, que atingiu com muita força a cidade de Lisboa.

O terramoto durou apenas alguns minutos, mas provocou um marmoto e diversos incêndios que duraram vários dias.

O cenário resultante da tragédia era desolador. Morreram entre 10 a 15 mil pessoas e mais de 10 mil edifícios ficaram completamente destruídos, incluindo palácios, conventos, mosteiros, igrejas e capelas. Também edifícios importantes a nível artístico e cultural foram arrasados, como bibliotecas e a Casa da Ópera Real, juntamente com manuscritos e peças de ouro e de prata, muitos perdidos para sempre… A cidade perdeu parte da sua identidade, devido às mortes e à destruição de tesouros únicos, entre edifícios e objetos.

Face a todos os perigos, a população vivia num medo constante. O próprio rei, com receio de habitar em edifícios de pedra, mandou construir uma estrutura em madeira para albergar a corte, na Ajuda, uma zona mais alta da cidade.

Mas, perante o desastre, valeu a ação do ministro de D. José I, Sebastião José de Carvalho e Melo, mais tarde Marquês de Pombal. ´

Este hábil político tomou medidas importantes, em duas fases. Primeiro mandou enterrar os mortos, cuidar dos feridos e policiar as ruas, evitando os assaltos; depois, procedeu à reconstrução da cidade, através de um plano urbanístico inovador.

As ruas passaram a ter um novo traçado, geométrico e rigoroso, tornaram-se mais largas, com passeios para peões e ordenadas por ofícios; os edifícios foram reconstruídos com sistema antissísmico, designado de gaiola; com uma arquitetura graciosa e fachadas da mesma altura.

Enfim, estávamos diante de uma cidade nova, uma cidade que muito justamente passa a ser apelidada de Lisboa pombalina.

Nos dias que correm, esta tragédia encontra-se já muito distante na memória dos Portugueses; por isso, nós, alunos do sexto ano, quisemos relembra-la, homenageando não apenas todos os que nela perderam a vida, como também a grande figura da nossa história, o Marquês de Pombal que, entre muitos outros aspetos em que teve ação decisiva, foi responsável pela reconstrução da cidade de Lisboa e pelo facto da nossa capital ter uma das baixas mais bonitas de toda a Europa.

Assim, divididos em grupos, construímos cenários no minecraft, em que alguns de nós, representámos a cidade atingida e destruída pela catástrofe e outros construíram cenários que representam a cidade reconstruída nos termos que já descrevemos. Vejam os resultados…